sexta-feira, 1 de maio de 2020

BRASIL - Meliponas & Trigonas

Whatsapp e redes sociais  tem facilitado muito a comunicação entre Meliponicultures de todo o Brasil 🇧🇷 e do mundo.

Desta forma resolvemos fornecer nosso link para Meliponicultores de todo o planeta.

Grupo Whatsapp Meliponicultura.
Nome do grupo: Brasil - Melip & Trigonas
Interessados podem entrar

Só Meliponicultura
Assunto específico
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Grande abraço 🇧🇷

terça-feira, 18 de setembro de 2012

As Menores Abelhas do Mundo 1,5mm - Lambe-olhos ( Leurotrigona Muelleri )


As Menores Abelhas do Mundo  1,5mm


A abelha Lambe-olhos ( Leurotrigona Muelleri )




Considerada a menor abelha do mundo com aprox. 1,5 milímetros, está espécie é encontrada em muitas regiões do Brasil,  é nativa, e corre risco de extinção. 

No  Ceará  esta  espécie é encontrada em alguns municipios, principalmente naqueles onde  há  maiores  porções  de  mata  nativa  de  caatinga. É  uma  abelha  resistente  as  intemperies  de  calor,  sol  e  chuva.  Em varios  estados  elas  são  encontradas  dentro  das  cidades  em  tubulações elétricas, é  encontrada também em muros de tijolo baiano, que é um espaço perfeito p/ seu enxame, e como o espaço é muito pequeno no meio do tijolo ela acaba soltando enxame muito rapidamente.
Há  criadores  no  sul  com vários enxames desta espécie, onde a maioria foi capturado naturalmente, e as danadas acabam entrando em caixas e apetrechos muito grandes para seu pequeno ninho! Como jarra térmica velha no quintal, umas caixas iscas de jataí, e na  criação  de   um  enxame habitou uma caixa de Tubuna, que acabou perecendo, pois  está caixa é praticamente 50 vezes maior p/ seu pequeno ninho.  Muitas pessoas não sabem da tamanha delicadeza de seu enxame e acabam tentando retira-las de paredes e blocos, e quase sempre o enxame acaba morrendo por ser muito judiado. Seu enxame é na maioria das vezes mediano e pequeno, demorando muito tempo para virar um enxame grande, pois penso eu que por elas serem muito pequeninas a produção de mel e estoque de pólen é muito devegar.   possui enxames com mais de 10 anos em caixas, e estes enxames são de grande população de abelinhas, chegando a fazer bastante crias e grande acumulo de minúsculos potinhos de mel.  Há varias fotos no  Blog meliponário Abelha de Ouro  mostrando a proporção de tamanho entre as lambe olhos (Leurotrigona Muelleri)  Mandaçaia e Uruçu Verdadeira, coletam alimento até na palma da mão!
No  Ceará   poucos  criadores  possuem  esta  especie  em  caixas,  pela  dificuldade  que  há  em  localiza-las  e  muitas  vezes  pelo  risco  de  morte  do enxame na transferencia para  a  caixa.  O Meliponário Quixeramobim  possui  dois  enxames  um numa  tora  de  Catingueira (  caesalpinia pyramidalis    )  e  outro  numa caixa feita com madeira de cumaru ( Amburana cearensis )    as  colmeias  tem  mais  de  5  anos.





quarta-feira, 10 de junho de 2009

Abelha Jandaira de Volta ao Sertão dos Inhamuns - Ceará

Sertão dos Inhamuns, Ceará - Inicia Coleta de Mel de Jandaira.

JORNAL POVO - A primeira colheita do mel de jandaíra do Assentamento Xavier, na reserva Serra das Almas, em Crateús. É como um trabalho de parto. Até o pote ficar cheio, zelo extremo com a higiene e a cria. Chegam a conversar com as abelhas. O consultor do projeto, Ezequiel Macêdo, tem dessas colméias nos jardins de Seridó (RN) e ensinou o passo-a-passo da extração aos novos apicultores. Na hora da prova, o sabor do mel é mais puro, refinado. 1) As abelhas são postas fora das colméias temporariamente. Os caixotes são levados para um ambiente isolado por um véu. Para evitar moscas, mosquitos invasores e as próprias abelhas. Os apicultores usam luvas, avental e touca. 2) Na colméia, o apicultor destrói os favos com uma faca limpa. Inclina a caixa e deixa o mel escorrer para uma jarra. É indispensável uma peneira bem fina. 3) Até todo o mel descer lentamente, a colméia continua aberta. Da primeira colheita, foram extraídos 800 mililitros. Na segunda caixa, mais 750 ml. Depois, passam a encher potes de 250 ml 4) O Mel de Jandaíra do Sertão está embalado e pronto para venda. Há 13 produtores na comunidade. Cada pote custa R$ 20,00, valor 20 vezes maior que o do mel da abelha comum.


Agricultor com caixas racionais de Abelha Jandaira - Melipona subnitida


Agricultor contemplando trabalho das Abelhas sem Ferrão




Caixas com Crias e Potes de Mel e Pólen de Jandaira Potes de Pólen (Saburá)

Abelhas sem ferrão, a importância da preservação
(29/12/2005)



Fábia de Mello Pereira*

A criação racional das abelhas da tribo meliponini e da tribo trigonini é denominada de meliponicultura. Conhecidas popularmente como abelhas sem ferrão ou abelhas nativas ou indígenas, essas abelhas possuem ferrão atrofiado, não conseguindo utilizá-lo como forma de defesa. Algumas espécies são pouco agressivas, adaptam-se bem a colméias racionais e ao manejo e produzem um mel saboroso e apreciado. Além do mel, essas abelhas podem fornecer, para exploração comercial, pólen, cerume, geoprópolis e os próprios enxames. Outras formas de exploração são: educação ambiental, turismo ecológico e paisagismo.A polinização é outro produto importante fornecido pelos meliponideos. Uma vez que não possuem o ferrão, as abelhas nativas podem ser usadas com segurança na polinização de espécies vegetais cultivadas no ambiente fechado da casa de vegetação. Além disso, algumas culturas, como o pimentão, necessitam que, durante a coleta de alimento, a abelha exerça movimentos vibratórios em cima da flor para liberação do pólen. Esse comportamento vibratório é típico de algumas espécies de abelhas nativas, mas não é observado na abelha africanizada (Apis mellifera), que não consegue ser um agente polinizador eficiente dessas culturas.No Brasil são conhecidas mais de 400 espécies de abelhas sem ferrão que apresentam grande heterogeneidade na cor, tamanho, forma, hábitos de nidificação e população dos ninhos. Algumas se adaptam ao manejo, outras não. Embora vantajosa, a criação racional dessas abelhas é dificultada pela escassez de informações biológicas e zootécnicas, pois muitas sequer foram identificadas ao nível de espécie.Devido a essa diversidade, é fundamental realizar pesquisas sobre comportamento e reprodução específicas para cada espécie; adaptar técnicas de manejo e equipamentos; analisar e caracterizar os produtos fornecidos e estudar formas de conservação do mel que, por conter mais umidade do que o mel de Apis mellifera, pode fermentar com mais facilidade. A alta cotação do preço do mel das abelhas nativas no mercado, que em média varia de R$ 15,00 a 50,00 cada litro, aliada ao baixo investimento inicial e a facilidade em manter essas abelhas próximo das residências, tem estimulado novos criadores a iniciarem nessa atividade.Entretanto, muitos produtores em busca de enxames para povoarem os meliponários, acabam atuando como verdadeiros predadores, derrubando árvores para retirada das colônias, que, muitas vezes, acabam morrendo devido a falta de cuidado durante o translado e ao manejo inadequado.Outra causa da morte das colônias é a criação de espécies não adaptadas à sua região natural. É relativamente comum que produtores iniciantes ou experientes das regiões Sul e Sudeste do Brasil queiram criar abelhas nativas adaptadas às regiões Norte e Nordeste, e vice-versa. A falta de adaptação dessas abelhas às condições ambientais da região em que são colocadas acabam por matar as colônias, podendo contribuir para a extinção das mesmas.A quantidade de colônias nos meliponários também é um fator crucial para preservação das espécies. Várias pesquisas indicam que, quando a espécie criada não ocorre naturalmente na região do meliponário, são necessários pelo menos 40 colônias para garantir uma quantidade de alelos sexuais e evitar que os acasalamentos consangüíneos provoquem a morte das mesmas em 15 gerações. Embora somente três espécies de abelhas estejam na lista de animais em risco de extinção do Ibama (Exomalopsis (Phanomalopsis) atlantica; Melipona capixaba e Xylocopa (Diaxylocopa) truxali), e dessas somente a Melipona capixaba é social, sabe-se que nas reservas florestais a quantidade de ninhos de abelhas sem ferrão vem se reduzindo ano a ano.A extinção dessas espécies causará um problema ecológico de enormes proporções, uma vez que as mesmas são responsáveis, dependendo do bioma, pela polinização de 80 a 90% das plantas nativas no Brasil. Assim, o desaparecimento das abelhas causaria a extinção de boa parte da flora brasileira e de toda a fauna que dependa dessas espécies vegetais para alimentação ou nidificação. Conscientes do problema, o governo brasileiro, por meio do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) publicou no Diário Oficial da União em 17 de agosto de 2004 a RESOLUÇÃO Nº 346 DE 06 DE JULHO DE 2004, que disciplina a utilização de abelhas silvestres nativas, bem como a implementação do meliponário.Contudo, sabe-se que somente a criação de uma legislação normativa não é suficiente para preservação de espécies da fauna e flora nativa. É necessário, também, um programa informativo visando a capacitação e sensibilização para que os produtores não só sejam conscientizados, mas também sejam capazes de mobilizar e informar aos seus vizinhos sobre o problema. Resta, assim, fazer um apelo não só aos governos nos níveis federais, estaduais e municipais, mas também à sociedade como um todo para que se comece a divulgar os problemas acarretados pela retirada indiscriminada dessas abelhas da mata. A criação dos meliponídeos deve ser realizada com responsabilidade para evitar a extinção das abelhas e, a médio e longo prazo, a extinção da flora e fauna que dependem direta ou indiretamente desse importante agente polinizador.
*Pesquisadora da Embrapa Meio-Norte, Teresina-PI, fabia@cpamn.embrapa.br.

domingo, 8 de março de 2009


Abelha Jandaira - Melípona subnitida - caixa racional


Abelha Jandaira - Melípona subnitida - Envólucro do ninho, Disco e Rainha.


Abelha Jandaira - Melípona subnitida - Disco de Cria.


Abelha Jandaira - Melípona subnitida - Potes de Mel e Pólen

sábado, 22 de novembro de 2008

Abelhas

GUARAIPO SCHENKI
NINHO

CAIXA


POTES DE MEL




sábado, 10 de maio de 2008

Abelha Moça Branca - Frieseomelitta doederleini

































Abelha Moça Branca - Frieseomelitta doederleini


Esta abelha da tribo das trigonas é uma das abelhas mais cobiçadas
pelos meleiros nos sertões da Caatinga Nordestina.

















Abelha Jandaíra (Melipona subnitida)











A jandaíra (Melipona subnitida Ducke) é um meliponíneo típico do sertão. O seu mel é apreciado pelas populações nativas. Entretanto, a literatura sobre a biologia dessa abelha é reduzida. O trabalho pioneiro é o do Monsenhor Huberto Bruening, publicado em 1990, no livro "A Abelha Jandaíra"








A criação de jandaíra é considerada uma atividade para desenvolvimento sustentado porque inclui restauração ambiental através da preservação e plantio de árvores que servem de locais de nidificação, além da atuação das abelhas na polinização da flora nativa. Os principais produtos de interesse comercial são o mel e a preparação de enxames.








A Jandaíra (Melipona subnitida) ocorre naturalmente em áreas do sertão brasileiro. O limite geográfico de ocorrência desta espécie se dá a cerca de 11°S (centro-norte do Estado da Bahia) e a cerca de 40°W (Chapada do Araripe). Algumas localidades mais conhecidas da ocorrência desta espécie são: Fortaleza, Cascavel, Maranguape e Baturité no Estado do Ceará, Mossoró, Areia Branca, Caicó, Currais Novos, Jardim do Seridó e Parelhas no Rio Grande do Norte; Araripina e áreas da Chapada do Araripe em Pernambuco (divisa com Ceará); Rodelas, Paulo Afonso, Glória, Miguel-Calmon e várias localidades do Raso da Catarina na Bahia.








Arquitetura do ninho
O que caracteriza os ninhos das abelhas sem ferrão é a construção das células de cria (figura 1a) utilizadas somente uma vez pelas operárias; o alimento larval líquido é oferecido todo de uma vez antes da rainha ali colocar seu ovo; o ovo é colocado pela rainha em posição vertical em relação ao alimento larval (figura 2). O tempo de desenvolvimento do ovo até adulto é cerca da 40 dias. Após o nascimento, a célula é destruída pelas operárias. Na jandaíra, as células de cria apresentam, predominantemente, disposição horizontal (figura 3). Os favos de cria são geralmente envoltos por camadas de cerume que auxiliam na termorregulação do ninho. A entrada do ninho, ao redor de raias de barro, é construída de tal modo que permite a passagem de apenas uma abelha de cada vez.
O mel e o pólen são guardados em potes especiais ovóides cujo tamanho varia com o estado da colonia (colônias fortes tem potes maiores) (figura 1b). Os potes de alimento ficam concentrados em áreas específicas dos ninhos. As figuras 4 e 5 mostram potes de mel com paredes finas e grossas, construídos na época das chuvas e de seca respectivamente. Investir na fabricação do cerume é uma forma de economizar energia quando há alimento.








Nas abelhas Melipona, machos, rainhas e operárias são criados em células iguais. São aproximadamente do mesmo tamanho, mas as proporções corporais diferem muito.
Os machos passam aproximadamente 15 dias dentro da colméia. Após esse período saem do ninho e podem formar aglomerados junto aos ninhos onde há rainha para ser fecundada ou nas proximidades do meliponário.
Os machos não trabalham para a colônia. Desidratam o néctar antes de abandonar a colonia-mãe e também quando participam dos aglomerados.
As operárias são responsáveis por todas as atividades da colônia: constroem células de cria, aprovisionam as células, são guardas da colônia, coletam alimento que armazenam nos potes por elas construídos. A mesma operária realiza diferentes trabalhos durante a sua vida, que em média é de 60 dias.
As rainhas virgens nascem em grande número nessa espécie. Geralmente são mortas pelas operárias logo depois de saírem das células. Às vezes desenvolvem seu poder de atração dentro da colônia. Distendem seu abdome e são cercadas pelas operárias, com as quais interagem, como mostram as figuras 7 e 8.
Após essa etapa a rainha está pronta para se acasalar. Pode sair da colônia e ter o vôo nupcial, onde será fecundada. As rainhas fecundadas desenvolvem seu abdome (ficam fisogástricas) e não podem mais voar.








Hábitos de nidificação
"Podemos afirmar que nunca se praticou meliponicultura no Nordeste, pelo menos a racional ou metódica. Sempre houve mais Jandaíras que Nordestinos, mais casas de abelhas indígenas que casas de aborígenes. Hoje a situação é exatamente oposta. E pior ainda: o meleiro está destruindo as derradeiras casas - imburanas e catingueiras - que ainda restam pelo sertão. Nada escapa a sanha de carvoerios, caçadores de mel, caçadores de 'madeira', etc.. Até o raríssimo cumaru é cortado e serrado em fatias - sem cerne ainda - para fabricar caixas de empacotar melão. E a imburana é desfiada para cepilho... Nossas abelhas estão fadadas à extinção mais cedo que se pensa. Sem casa para morar, quem é que trabalha? Se ao menos cuidassem os homens de repor, de replantar e reflorestar... Ou ainda: se parassem de destruir... A terra mesma se reveste, recupera e recobre."Monsenhor Huberto Bruening, "A Abelha Jandaíra", 1990: 9 A Jandaíra faz seus ninhos em ocos de árvores, destacando-se aqui sua preferência pela imburana (Commiphora leptophloeos - Burseracea) e pela catingueira (Caesalpinia microphylla - Leguminosae). As imburanas podem ser replantadas usando-se pedaços de troncos ou galhos.